O "F5"
fez um levantamento do preço dos shows dos artistas mais populares do
país na atualidade. A reportagem descobriu quanto vale o show de 20
artistas, grupos e duplas nacionais. Fazendo-se de contratante, a
reportagem pesquisou preços para shows simples: com venda de ingressos
ao público. Isso porque shows fechados, para empresas ou particulares,
custam muito mais.
Segundo
o levantamento, feito entre o final de janeiro e o início de abril,
Michel Teló, Fernando & Sorocaba, Paula Fernandes, Luan Santanna,
Gusttavo Lima e Thiaguinho, nessa ordem, estão entre os shows mais caros
do país. Podem custar de R$ 300 mil a R$ 350 mil (para shows feitos no
Estado de São Paulo), Victor & Leo estão na 3ª posição (R$ 180 mil). Há
pelo menos seis meses Teló está praticamente sozinho em 1º lugar no
ranking de preços, mas pode-se dizer que essa posição é temporária: há
muito revezamento no topo no espaço de um ano ou dois.
O valor
dos shows obtido pela reportagem pode sofrer variações de acordo com um
número "x" de circustâncias, como mostrou a apuração. Exemplo: se o
artista tem São Paulo como base (e depósito de equipamentos), seus shows
no Estado podem custar menos. Outro exemplo: se um artista vai se
apresentar numa cidade a 150 km de São Paulo, em uma determinada data, e
uma cidade vizinha 100 km adiante aproveita o "carreto" e contrata o
artista também (para tocar dois dias depois), o custo cai. Provavelmente
o valor pago pela segunda cidade seja menor que o da primeira. Se
aparecer uma terceira cidade... e assim por diante.
Shows em
outros Estados também só são feitos quando há um número crítico de
"cidades" (ou empresários) contratantes, pois é oneroso (e perigoso)
andar por aí com uma megacarreta carregada de instrumentos caríssimos e
aparelhos tecnológicos e de iluminação de última geração.
No caso de gente que está por cima da "carne seca", como Gusttavo Lima, Luan Santana, Thiaguinho ou Victor & Leo etc,
esses artistas podem cobrar o show na "tabela cheia", pois não faltam
contratantes: empresários e empresas que investem dezenas de milhões de
reais em entretenimento país adentro, uma indústria que movimenta hoje
cerca de R$ 1,5 trilhão no mundo
A
estimativa de contratantes de shows, ouvidos pela reportagem, é que
existam de 350 a 400 prefeituras no país que investem razoavelmente em
shows e entretenimento à população. Esse é o primeiro e mais importante
mercado de contratação de artistas "da moda" no país, os mais caros. Em
seguida há o mercado de shows em grandes empresas, mas não foi possível
obter dados a respeito.
Os valores exibidos abaixo não representam o cachê líquido dos artistas(leia mais abaixo):
Com esse
dinheiro os artistas precisam bancar toda sua infra-estrutura e staff,
como funcionários de escritório, advogados, músicos contratados,
empresários, transporte de equipamento e toda mão-de-obra envolvida num
show.
A estimativa é que os artistas acabam ficando com "apenas" 30% ou 40% do
valor total de cada show.
Quem paga
a hospedagem e alimentação é o contratante, que também precisa, quase
sempre, depositar 20% do valor total logo na assinatura do contrato, e o
restante a combinar.
Não foram
incluídos nesta lista os shows de "medalhões" como Roberto Carlos e
Ivete Sangalo, pois também são artistas contratados da Globo, o que
distorce sobremaneira seus valores.
Para ter uma ideia, porém, em dezembro último Sangalo fez um show
fechado para uma empresa paulista da área financeira por R$ 400 mil. O
show de RC é ainda mais complicado de mensurar, mas estima-se que custe
sempre acima de R$ 1 milhão, já que é preciso contratar uma orquestra
junto (a dele, claro).
O preço
de um show é uma espécie de "equação" que inclui variáveis como: 1) se o
artista está na moda e na mídia (Teló); 2) se emplacou um eventual
sucesso na novela da Globo ou nas rádios do país (Paula Fernandes); 3)
por seu tempo de carreira e estrada (Zezé e Luciano).
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