Arco-Íris, Borboletas e Iluminações – A Nova Era no Brasil

Postado por Leticia às domingo, fevereiro 19, 2012
Quando se trata de simbolismos com temas ocultos/esotéricos presentes na mídia de comunicação em massa, artistas e celebridades internacionais são referências diretas e objetos de diversas análises semióticas para comprovar a existência de uma “elite oculta” — ou, no mínimo, da realização de uma agenda global.
Entretanto, a carência de uma observação analítica mais profunda em um contexto nacional, pode resultar na ideia de que esses mesmos temas fogem do cenário musical brasileiro. Neste artigo, vamos explorar brevemente como essa influência temática se aplica ao Brasil.
(…)

Outros artistas que aparecem frequentemente pela programação da emissora, e também são amigos de Xuxa, são os que mais recebem por direitos autorais no país: Victor & Leo.
Victor e Leo usam borboletas na promoção da campanha contra abuso infantil Carinho de Verdade. Não consegui encontrar nenhuma informação oficial sobre o motivo do uso da borboleta como logotipo da campanha.
A dupla Victor e Leo possui uma interessante mobilização em relação a questão espiritual de suas músicas, e insistem no fato de que essa é a verdadeira intenção das mesmas. Segundo a própria página oficial da dulpa: “Victor & Leo são artistas que, em uma só dupla, reúnem talento para compor, produzir, arranjar, dirigir, tocar, interpretar, e usar tudo isso para transmitir amor e espiritualidade para o público através de sua arte.” —http://victoreleo.com/dupla/index_ada.php.
E também: “Victor & Leo fazem questão de demonstrar sua intenção espiritualista para com a música. Acreditam que as virtudes interiores de cada um podem ser transformadas em felicidade quando despertadas através de atitudes com base no amor e em Deus. Por isso, usam sua música para dividir estas energias com as pessoas em busca de um mundo melhor.” — Ibid.
A definição de “espiritualidade” ainda não está clara, mas o conceito básico está perfeitamente de acordo com o ecumenismo promovido pelo movimento Nova Era (religião mundial).
De acordo com o site Espírito.org: “Todos os religiosos, como aceitam a Alma e Deus, são, por isto mesmo, espiritualistas. Assim, a pala espiritualista tem significado muito vasto, abrangendo o católico, o protestante, o umbandista, o candomblecista, o israelita ou judeu, o islâmico ou mamometano etc.”
Victor e Leo deixam isso bastante claro na entrevista a seguir:
A interessante frase “pegar um poquinho de cada religião” se encaixa perfeitamente na descrição do perfil do espiritualista universalista, segundo o Artigo 18 do site espiritualistas.org: “O espiritualista universalista é mais voltado ao conteúdo do que à forma. Assim, não se apega a uma religião em especial, procurando assimilar o que há de positivo em qualquer uma, e deixando de lado os ritos exteriores.”
“Cada um tem um Deus diferente. Acho que a maioria das pessoas liga Deus ao amor e a coisas que levam à positividade, à fé ou ao conforto espiritual. É assim que a gente quer que as pessoas entendam e que Deus seja, para elas, uma força de compaixão, de entendimento, de sabedoria, de uma busca por melhoria interior. É essa a nossa intenção ao cantar. Enquanto estamos cantando, a gente está passando luz. Isso faz toda a diferença, a energia que você imprime naquilo que faz.”
Victor e Leo possuem músicas interessantes como “Borboletas”, “Fada”, “Chuva de Bruxaria”, “Razão do meu Astral”, “Meu eu em Você”, “Amor de Alma”, “Estrela Guia”, etc.
O mais recente trabalho de estúdio da dupla, chamado de “Amor de Alma” foi lançado dia 1º de Novembro de 2011. Caso você não se lembre, no dia 1º de novembro é celebrado o Dia de Todos os Santos que assim como todos os outros feriados “cristãos” populares tem um pé nas crenças pagãs; Samhain (pronuncia-se
“sow-enn”) é o feriado celta-irlandês que marca o início do inverno no hemisfério norte, acreditava-se que as linhas do outro-mundo com este mundo tornavam-se mais fracas e assim as almas dos mortos poderiam voltar por um breve período. O Halloween, o Dia de Todos os Santos, o Dia dos Mortos no México e
todos os outros feriados do início de Novembro são derivados dessa celebração.
Coincidência ou não, é difícil dizer. Mas definitivamente há uma sincronicidade ao redor da dupla, uma vez que o cantor Leo é visto diversas vezes com isso.
Victor e Leo no programa Domingão do Faustão.
Leo faz questão de demonstrar sua intenção espiritualista para com a música no programa Altas Horas.
O Ankh ou Cruz Ansata é um dos importantes símbolos da religião egípcia, embora não seja particular daquele povo. Representa a vida eterna e era carregada por Osíris, deus dos mortos, do sub-mundo e da fertilidade. O círculo representa o princípio feminino e a cruz em tau (T) representa o masculino. Para os egípcios (e os pagãos em geral), o ato sexual era capaz de regenerar a vida e vencer a morte. A cruz ansata foi popularizada no Brasil na década de 70 pelo compositor e roqueiro brasileiro Raul Seixas, o maior adepto declarado da Thelema e mais conhecido propagador da Nova Era através da música (toda aquela idéia de “Sociedade Alternativa” não tem nada a ver com os hippies).
Raul Seixas faz questão de demonstrar sua intenção espiritualista para com a música na capa do disco “by Sociedade Alternativa”. O Ankh aqui é utilizado como símbolo da tal sociedade, mas com algumas modificações (está em forma de chave).
Victor, compositor da dupla, está constantemente reforçando seu objetivo. Durante um show em São Caetano -SP, Victor diz para o público: “Nossa intenção é mais do que musical, é espiritual”.
Em entrevista ao Site Terra, Victor enfatiza: “A gente tem um compromisso muito espiritual com a música, gravar e pensar que essa canção possa acrescentar algo para as pessoas. A gente não direciona nada”.
Em outra entrevista ele diz: “[...] música, para mim e meu irmão, é uma questão de essência espiritual e compromisso existencial, ou seja, uma forma de darmos sentido às nossas vidas, servindo às pessoas e ao mundo com amor. Enquanto houver esta intenção, certamente mais e mais pessoas absorverão o que queremos passar, independente da idade ou classe”.
Fonte: Carneiro Negro

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