Entrevista com Victor & Leo a " á Hora"

Postado por Leticia às sábado, julho 28, 2012


A Ponte Hercílio Luz iluminada divide com Victor & Leo a capa do DVD Ao Vivo em Floripa, que chega às lojas de todo o Brasil pelos primeiros dias de agosto. Gravado na Beira-Mar Continental, em 28 de março deste ano, o espetáculo de luz e som mobilizou um público de cerca de 100 mil pessoas. Chegou a hora de conferir Florianópolis revelada sob mais de 50 toneladas de iluminação. O CD já está nas lojas.
Só para a ponte, foram apontados 24 canhões de alta tecnologia na noite de ravação. Em meio a 14 câmeras e mais de 200 metros quadrados de painéis de led, concentraram-se a vibração do público e as participações históricas dos ícones sertanejos Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano e Marciano. Foram quase quatro horas de música, seis canções inéditas de Victor e Leo e um passeio pelos 20 anos de carreira.

Vamos guardar pra sempre a forma como Florianópolis nos recebeu. Foi como dizer para a gente 'vocês são daqui, são bem vindos'. Eu e o Victor respeitamos muito o público catarinense, a educação com que ele se porta no show. Foi isto nos fez pensar em gravar em Floripa, junto daquela vista privilegiada — relembra Leo, o caçula, quatro meses depois da gravação do DVD.
Em entrevista à Hora, por telefone, o cantor defendeu a inovação e a diversidade musical como segredo do sucesso da dupla, e foi duro na crítica ao mercado sertanejo atual:

Nossa característica é inovar, ser original, porque hoje as pessoas fogem do que é difícil, preferem fazer o que está todo mundo fazendo, dá menos trabalho. A gente fica de olho nestas modinhas que surgem no mercado, mas é pra fugir delas, entendeu?

Victor & Leo Ao Vivo em Floripa traz 25 faixas e 10 participações especiais. Uma das inéditas, Não me perdoei, está entre as três mais tocadas nas rádios do país, desde maio. A diversidade fica por conta de intervenções como o reggae Altas Horas, em parceria com Nando Reis e Haroldo Ferretti (Skank), a guittarra de Pepeu Gomes, em Sexy Yemanjá, e uma mistura de samba e forró em Maluco, com Thiaguinho. 

Este DVD veio recheado com vários estilos musicais diferentes. É uma característica minha e do Victor, também. Retrata o que nós somos. Viemos de uma influência do sertanejo de raiz, mas com a presença do rock, blues, folk. É uma panela de temperos. O segredo é misturar bem.

A originalidade é um atributo que a dupla gosta de defender. Mas, efeito mesmo, mostram os versos que põem as mulheres em um pedestal. Os mais de três milhões de CDs e DVDs vendidos na carreira também são resultado de uma coleção de sutilezas, como "te daria um par de estrelas" "vivo mergulhado em você" e "o seu jardim sou eu", cantados pela dupla.

Isso se dá muito pelas composições do meu irmão, que bebeu de uma água poética regional — garante Leo, sacando outra metáfora do repertório.

Para a dupla, cuidar da linguagem usada nas músicas é um propósito:
A gente sempre primou pela qualidade musical. O que acontece é que a gente tem uma consciência. Quando você se torna um artista conhecido, a nível nacional, não só tem uma responsabilidade com o seu trabalho, com a sua música. Mais que isso, você tem uma responsabilidade com a sociedade. Você grava um CD, um DVD, e no outro dia tem uma criancinha de 8 anos na frente da TV escutando e vendo o que você faz. E a responsabilidade tem que ser assumida por artistas que têm a vida exposta, como eu e o Victor temos. Se a gente quer um país com mais educação, cultura, a gente tem que se preocupar com isso. Sem querer julgar quem não tenha isto, mas nós temos — diz Leo.
Fonte: Blog Quando é Amor 

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